Exausto, desmaia o dia
Debruça o sol no horizonte
Sem palidez, ruborizado
Crepúsculo enamorado
Relaxando-se no poente
Aguarda a chegada dela
Da lua, sua eterna amada
Enquanto o céu plúmbeo
Anuncia as gotas brilhantes
Lágrimas do pranto estelar
Espalhadas timidamente
Compadecidas, cúmplices
Escondem o rubor do sol
Que esmaece, minguante
Pois, sabem-no condenado
Da lua viver distante
Triste condenação,linda poesia!beijos,chica
ResponderExcluirBoa tarde, querida Celêdian!
ResponderExcluirseu talento em tecer alegorias é realmente inigualável, é um dom literário raro e que gera imagens que nos levam ao mundo mágico da nossa infância. Mesmo um texto de ar algo plangente como este aqui e que, para mim, assume feições de narrativa realista e parnasiana e poderia ter tanto saído da pluma de um Machado, como da de um Bilac, reveste-se dessa aura encantada que têm as fábulas e as lendas.
E a sua imaginação passeia, sobranceira e luminosa, desde os mitos e arengas do antigo Olimpo, a saborosas imagens que me fazem pensar às da commedia dell'arte e do Teatro Alegórico.
Porém, não devemos esquecer que, mesmo distantes, o Sol continua a brilhar na face da Lua, mesmo quando este já foi se deitar....
Um texto agradabilíssimo de ler e de reler, encantou-me, verdadeiramente, Celêdian.
Meu grande abraço, minha cara amiga, e votos de uma semana, cheia de belas inspirações, e de bons encontros.
André
Certos desencontros podem ser radiantes, embora tão distantes; tão distantes como o sol e a lua. O sol se põe, mas em seu lugar se instalara uma grande esfera branca e iluminada, com uma maturidade silenciosa, mais austera e enigmática, e de grande beleza. E para nós... que magnífico desencontro!
ResponderExcluirAdorei, amiga. Grande beijo.
Tais Luso
Celêdian,
ResponderExcluirQue belo poema! Vou ler outros...
Parabéns pela pena afiada e singela.
E obrigado pelo sinmpático comentário em meu blogue.
bjo
Cesar
Calêdian,
ResponderExcluirO seu poema "Desencontro", de grande sensibilidade, conta essa história de amor no Espaço Sideral, que, sem qualquer esforço, poderá deslocar-se para a Terra e tornar-se a história de qualquer um de nós. São as possibilidades que a Poesia dá aos poetas para criarem suas imagens repletas de significados.
Abraços,
Pedro.
Olá, Celêdian
ResponderExcluirAlgumas narrativas se apresentam a nós como uma forma de rever algo que nos marcou. Esta sua, por exemplo, me remeteu ao filme Feitiço de Áquila, onde o casal de enamorados tinha apenas poucos minutos durante o nascer ou o pôr do sol para se enxergarem na forma humana. Após isso, eles viravam animais durante o dia (o homem) ou durante a noite (a mulher).
Cenas assim são complicadas para descrever com originalidade, face ao tanto que já se escreveu sobre elas. No entanto, o talento e a bossa de alguns autores faz toda a diferença. E com estilo e as palavras certas, os versos se armam.
Você é dona, tanto dessa bossa quanto do talento para a criação de versos descritivos e envolventes, como os que você deixou aqui. E diga-se, qual poeta já não enamorou lua e sol, ou fez a terra chorar pela distância da lua? Ou ainda, qual poeta nunca se enamorou da lua? Mas como um admirador do tempo, e um fanático pela lua, sou suspeito em falar no assunto... rsrs.
Já quanto ao meu amo, minha amiga, infelizmente, não o conheci. O que retrato é resultado do pouco que os filhos e netos mais velhos guardaram de suas narrativas. Uma pena, pois tudo se perdeu rapidamente. E saiba que fiquei envaidecido pela comparação que você fez com o jeito mineiro de contar causos. Quem dera pudesse realmente ter esse jeito especial, que tanto admiro e adoro.
Celêdian, minha querida amiga. Um ótimo dia pra ti.
Marcio
Nossa!
ResponderExcluirLi todos os seus poemas dessa página, não me contive e vou parabenizá-la, não só pelo dom de extravasar em versos, mas pela sensibilidade demonstrada.
Abç
Venho deixar um abraço imenso e retribuir o carinho, seja por tantos anos, ou por alguns dias. Mas principalmente, pela troca e bonitezas que surgem e dos amigos que conquistamos e que no fundo, no fundo, não são tão virtuais assim...
ResponderExcluirTem um presente pra você aqui: http://ancoradanoriso.blogspot.com.br/2013/03/vasto-coracao.html
Espero que se sinta num abraço e que goste.
Deixo o meu carinho.
Beijo na alma,
Sam.
Que possamos sempre amar, perto ou distante... mas amar!
ResponderExcluirSua poesia é linda e cheia de tanto sentimento!
Adorei seu canto! Sigo-te aqui!
Há amores assim: aparentemente distantes, mas que cultivam a eternidade.
ResponderExcluirFoi um prazer descobrir o seu espaço. Parabéns pela sensibilidade e talento.
Primeira vez que venho aqui. Estou encantada! Li várias poesias e voltarei sempre para ler outras. Parabéns!
ResponderExcluirOlá, querida Celedian
ResponderExcluirTriste o destino dos dois amantes: nunca podem encontrar-se...
Bjm de paz e bem