quinta-feira, 28 de março de 2013

RUÍNAS E RASTROS

 Foto by Jones ( ruínas dos banhos romanos, em Trier, Alemanha, 27/02/12

Dois imensos olhos,
como janelas para o infinito,
como máscaras do tempo,
traduzem atávicas emoções,
em hodiernas sensações,
de que somos frutos de uma construção,
atemporal, à semelhança de ser
o que as nossas razões,
edificaram sobre as nossas emoções,
desafiando o tempo incólume,
no qual a vida vibra em movimento.

(Por Celêdian Assis)


quinta-feira, 7 de março de 2013

DESENCONTRO

Imagem Google

Exausto, desmaia o dia

Debruça o sol no horizonte

Sem palidez, ruborizado

Crepúsculo enamorado

Relaxando-se no poente

Aguarda a chegada dela

Da lua, sua eterna amada

Enquanto o céu plúmbeo

Anuncia as gotas brilhantes

Lágrimas do pranto estelar

Espalhadas timidamente

Compadecidas, cúmplices

Escondem o rubor do sol

Que esmaece, minguante

Pois, sabem-no condenado

Da lua viver distante

sexta-feira, 1 de março de 2013

TRIBUTO A OLAVO BILAC

Imagem Google
(Por Celêdian Assis)

De tanto amar, viu e ouviu estrelas
e nas asas da poesia pôs-se a voar.
Nenhum esforço para entendê-las,
posto que, era de amor aquele olhar.

De posse da pena, na ourivesaria,
tornou palavras, gemas preciosas,
pôs-se a lapidar, criando em poesia,
as jóias raras, as mais graciosas.

Do amor, perdido ou encontrado,
o poeta criou o estilo com primazia,
voou, sonhou e realizou abnegado,
recriou esperança, em doce magia.

A um poeta, por uma poeta, inspirado,
No livro que a lia, as lágrimas rolavam.
Pôs-se a vê-la, plácida, lendo ao seu lado,
página de saudade, do quanto se amavam.

Talvez sonhasse o poeta, ao vê-la,
a musa, tal anjo com a harpa dourada,
na escadaria de ouro rumo às estrelas,
perdido de paixão, por ela inspirada.

Talvez sonhasse Bilac, um dia voar,
às estrelas, e, ouví-las falar de amor,
talhá-lo em ouro, com rubis a engastar
e na oficina da poesia eternizar seu labor.