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ainda com resquícios das cores de primavera,
exalando perfumes de inocência, de infância.
E é quando
sinto, inebriada, um gosto de Natal.
Ainda em tenra
idade, na terra em que eu nascera,
onde tudo era
novidade, meu saudoso pai
me trazia
de presente, maçãs, da capital,
envoltas em roxo
papel, emanavam ao longe
um cheiro
adocicado, tão peculiar, tão especial!
Natais chegam
sempre assim, com cheiro de maçãs
Impregnou-se em
mim com um cheiro de sentimento,
uma fragrância
de saudade, com gosto de esperança.
Não vejo mais
maçãs como aquelas da minha infância,
nem espero mais
o meu pai desembarcar na velha jardineira,
trazendo nas
mãos aqueles sacos pardos, de pães e maçãs,
mas espero em
todos os dezembros, que venham outros cheiros,
que se entranhem
em minha alma e perdurem como lembranças,
de um tempo de
paz, de serenidade, de harmonia e confiança,
outros natais
com o cheiro das maçãs, que me ensinaram
o valor da
simplicidade de um gesto de agradar,
e só para dizer
que amor verdadeiro é a sutil arte de cuidar.
Eu desejo a
todos os meus queridos(as) amigos(as) um verdadeiro Natal com o cheiro das
maçãs e com todos os sentimentos que despertaram em mim.
Celêdian Assis