quinta-feira, 7 de março de 2013

DESENCONTRO

Imagem Google

Exausto, desmaia o dia

Debruça o sol no horizonte

Sem palidez, ruborizado

Crepúsculo enamorado

Relaxando-se no poente

Aguarda a chegada dela

Da lua, sua eterna amada

Enquanto o céu plúmbeo

Anuncia as gotas brilhantes

Lágrimas do pranto estelar

Espalhadas timidamente

Compadecidas, cúmplices

Escondem o rubor do sol

Que esmaece, minguante

Pois, sabem-no condenado

Da lua viver distante

12 comentários:

  1. Triste condenação,linda poesia!beijos,chica

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  2. Boa tarde, querida Celêdian!
    seu talento em tecer alegorias é realmente inigualável, é um dom literário raro e que gera imagens que nos levam ao mundo mágico da nossa infância. Mesmo um texto de ar algo plangente como este aqui e que, para mim, assume feições de narrativa realista e parnasiana e poderia ter tanto saído da pluma de um Machado, como da de um Bilac, reveste-se dessa aura encantada que têm as fábulas e as lendas.

    E a sua imaginação passeia, sobranceira e luminosa, desde os mitos e arengas do antigo Olimpo, a saborosas imagens que me fazem pensar às da commedia dell'arte e do Teatro Alegórico.
    Porém, não devemos esquecer que, mesmo distantes, o Sol continua a brilhar na face da Lua, mesmo quando este já foi se deitar....

    Um texto agradabilíssimo de ler e de reler, encantou-me, verdadeiramente, Celêdian.

    Meu grande abraço, minha cara amiga, e votos de uma semana, cheia de belas inspirações, e de bons encontros.

    André

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  3. Certos desencontros podem ser radiantes, embora tão distantes; tão distantes como o sol e a lua. O sol se põe, mas em seu lugar se instalara uma grande esfera branca e iluminada, com uma maturidade silenciosa, mais austera e enigmática, e de grande beleza. E para nós... que magnífico desencontro!

    Adorei, amiga. Grande beijo.
    Tais Luso

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  4. Celêdian,

    Que belo poema! Vou ler outros...

    Parabéns pela pena afiada e singela.

    E obrigado pelo sinmpático comentário em meu blogue.

    bjo
    Cesar

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  5. Calêdian,

    O seu poema "Desencontro", de grande sensibilidade, conta essa história de amor no Espaço Sideral, que, sem qualquer esforço, poderá deslocar-se para a Terra e tornar-se a história de qualquer um de nós. São as possibilidades que a Poesia dá aos poetas para criarem suas imagens repletas de significados.

    Abraços,
    Pedro.

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  6. Olá, Celêdian

    Algumas narrativas se apresentam a nós como uma forma de rever algo que nos marcou. Esta sua, por exemplo, me remeteu ao filme Feitiço de Áquila, onde o casal de enamorados tinha apenas poucos minutos durante o nascer ou o pôr do sol para se enxergarem na forma humana. Após isso, eles viravam animais durante o dia (o homem) ou durante a noite (a mulher).

    Cenas assim são complicadas para descrever com originalidade, face ao tanto que já se escreveu sobre elas. No entanto, o talento e a bossa de alguns autores faz toda a diferença. E com estilo e as palavras certas, os versos se armam.

    Você é dona, tanto dessa bossa quanto do talento para a criação de versos descritivos e envolventes, como os que você deixou aqui. E diga-se, qual poeta já não enamorou lua e sol, ou fez a terra chorar pela distância da lua? Ou ainda, qual poeta nunca se enamorou da lua? Mas como um admirador do tempo, e um fanático pela lua, sou suspeito em falar no assunto... rsrs.

    Já quanto ao meu amo, minha amiga, infelizmente, não o conheci. O que retrato é resultado do pouco que os filhos e netos mais velhos guardaram de suas narrativas. Uma pena, pois tudo se perdeu rapidamente. E saiba que fiquei envaidecido pela comparação que você fez com o jeito mineiro de contar causos. Quem dera pudesse realmente ter esse jeito especial, que tanto admiro e adoro.

    Celêdian, minha querida amiga. Um ótimo dia pra ti.

    Marcio

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  7. Nossa!
    Li todos os seus poemas dessa página, não me contive e vou parabenizá-la, não só pelo dom de extravasar em versos, mas pela sensibilidade demonstrada.
    Abç

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  8. Venho deixar um abraço imenso e retribuir o carinho, seja por tantos anos, ou por alguns dias. Mas principalmente, pela troca e bonitezas que surgem e dos amigos que conquistamos e que no fundo, no fundo, não são tão virtuais assim...

    Tem um presente pra você aqui: http://ancoradanoriso.blogspot.com.br/2013/03/vasto-coracao.html

    Espero que se sinta num abraço e que goste.
    Deixo o meu carinho.
    Beijo na alma,
    Sam.

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  9. Que possamos sempre amar, perto ou distante... mas amar!

    Sua poesia é linda e cheia de tanto sentimento!

    Adorei seu canto! Sigo-te aqui!

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  10. Há amores assim: aparentemente distantes, mas que cultivam a eternidade.
    Foi um prazer descobrir o seu espaço. Parabéns pela sensibilidade e talento.

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  11. Primeira vez que venho aqui. Estou encantada! Li várias poesias e voltarei sempre para ler outras. Parabéns!

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  12. Olá, querida Celedian
    Triste o destino dos dois amantes: nunca podem encontrar-se...
    Bjm de paz e bem

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