sábado, 11 de dezembro de 2010

ELUCIDAÇÕES

Piracema - setembro 2010 - foto by Celêdian


Como riacho de águas límpidas, de pedras enlameadas de limo,
Fazendo-se caminho de escorrer e de escorregar – a vida faz-se,
Trilha estreita, alcatifa, com pedras lodosas ocultas, que tropeço,
Às vezes caio, machuca-me a queda, levanto, refaço-me e sigo.

Ainda que cambaleante tal bêbada, com as minhas incoerências,
Vejo na liquidez da água, a efemeridade do tempo e esvaindo-se,
No vão da superfície, esconde das pedras, o mais sutil propósito:
Necessárias pausas, aprendizados para nossa alma bruta lapidar.

No afã de apurar as escolhas, entre meandros, busco onde pisar,
Vislumbro nas pedras lodosas, não obstáculos, tão somente rumos,
Para o meu ser, como água do riacho, fluir mansamente e deixar,
Incidir-se os raios de luz e de reflexos puros, minh’alma iluminar.

2 comentários:

  1. E assim aprendemos a sempre vislumbrar o caminho com um cuidado a mais. Se caímos na beira, aprendemos que mais para frente, as pedras lodosas podem ser traiçoeiras.

    E nesse eterno aprendizado, nos curvamos à vida e tentamos vivê-la da melhor forma possível.

    Belíssima reflexão, Celêdian.

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  2. É, Celêdian, estive passeando um pouco por aqui...
    Não sei o que apreciar mais...seus textos ou estas imagens por você capturadas...

    Parabém amiga!
    Um lindo dia!
    Meu carinho...

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