sábado, 13 de novembro de 2010

PRANTO POÉTICO



Gotas descendentes rolam pelo rosto
Os lábios sorvem sôfregos do pranto
Tragam do sal forte, o intenso gosto
Água das dores, do cruel desencanto

Na face escorrem do choro exposto
Os olhos que falam, imitando um canto
Suave como mel, de doce composto
Água de amores, do sutil encanto

Do amor, alegria, dor ou desgosto
As lágrimas que fluem, são no entanto
Águas que vazam da alma, o seu posto

De um triste pranto faço acalanto
Das gotas ardentes, um fogo suposto
Lágrimas de poesia n’alma planto

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