terça-feira, 18 de maio de 2010

OUÇO ESTRELAS

Navegam luzes no azul do céu
Sem leme no mar de firmamento
Firmam o brilho ao acaso, ao léu
Negligenciando o escurecimento
Nas minhas retinas, impregnado
Capto-lhes atônita, toda magia
Confidenciam-me segredo calado
Os olhos meus revelam a fantasia
Dos sorrisos estelares camuflados
Sondo-lhes os murmúrios mudos
Movimentos de lábios, inventados
Iludem-me seus ouvidos surdos
Que ouvem atentos o meu canto
Do fascínio contido no meu peito
De amor, perdida no puro encanto
Da beleza das estrelas que espreito
Ouço-lhes tudo em meus devaneios
Vejo-as multicoloridas e de prata
Revejo nos seus artifícios e meios
Uma razão, uma resposta sensata
Porque me inspiram cumplicidade,
Quando o amor inunda minh’alma
Há entre estrelas e amor, afinidade
Se elas falam-me dele com calma
Quando as procuro encantada
Para confiar-lhes o meu segredo
Tenho de amor a alma domada.

BH, 15/05/10

4 comentários:

  1. Ouves e, pelos vistos, ouves bem. Até as imbecilidades de algumas criaturas que, em termos de classe, não te chegam aos calcanhares. As querem quem ser GIgabyte quando não passam de Kbyte. Belo o teu poema.

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  2. Bilaqueanamente belo, Celê amiga! Um abraço do Jorge, encantado com seu sertãozinho poético, de esmero singular e belo.

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  3. Bilaqueanamente belo - esse texto e seu sertãozinho poético, aconchegante e encantador! Celê amiga, beijo do Jorge.

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  4. Sem sobressaltos, escolhida a abordagem à emoção, saboreadamente.Encantador.H

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