sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

SONHO ALHEIO

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A ave gigante dispara

Numa garbosa correria

Atrai um olhar atento

A Ema não está só

Traz consigo a menina

Montada serenamente

Observa encantado o homem

A imagem do seu sonho

Da calmaria, da paz, do sossego

Tenta chamá-la para perto

Atraindo-a com a força

De um desejo contido

Vem a ema e a menina

Aproximam-se, quase ao alcance

E de súbito, se ausentam

A ema alça um vôo tão alto

Levando para longe a menina

Enquanto corria ao longe

Era real, mas de sobressalto

Quando voa a ema tão perto

Vem a verdade à tona

Que as emas não voam

É sonho, apenas assalto

Na mente, desejo que inverto

A menina que voa ao longe

Apenas seria uma outra

Que em meu coração exalto.

4 comentários:

  1. O Senhor Ema, sonho alheio. Emas não voam, emas não sonham, mas sonhar nunca é alheio, sonhos serão sempre sonhos? o tempo dirá...
    Fico encantado com tua poesia, já te falei várias vezes o quanto gosto de sua singeleza.

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  2. Sempre, sempre meninas... voadoras... sonhadoras... sonhar sempre. Que jamais percamos essa capacidade, que é o alimento de nossas almas e inspirações.
    Emas voam, elefantes voam.. se quiseres eles voarão.
    Com grade admiração e simpatia.
    Abraços igual ao da sua poesia.

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  3. É mesmo verdade que se quisermos, faremos voar elefantes e eles se tornarão tão leves, que alçarão voos inimagináveis. Meninas seremos sempre se as eternizarmos dentro de nós.
    Obrigada pelo muito amável comentário.
    Retribuo o abraço, com a mesma admiração.
    Volte sempre que quiser.
    Celêdian

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  4. Hermann, obrigada por apreciar a minha poesia e sua amabilidade ao comentá-las.
    Um abraço,
    Celêdian

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