Foto by Celêdian Assis - Vista da minha janela - Piracema/MG - Maio 2012
Há
uma incontrastável frieza
Nos
opacos matizes da brumas
De
um inverno gélido e inexaurível
Instalado
súbita e sorrateiramente
nos
ares mornos de um outono invisível.
Há
incúria em um olhar perdido
Em
uma indevassável sensação
De
ser dissoluto o pensamento
que
a névoa ousou embotar-lhe
naquele
indefinível momento.
Mas
eis que há a alma resiliente
(ao
inverno que se instalou breve)
que
repara com o olhar agora atento,
na
mais outonal expressão,
nos
sentidos, o renascimento.
E
no mais contrastante sentimento
brotando
do cerne, um calor latente,
dissiparam-se
os nevoeiros diáfanos,
que
esparsos diluíram-se aos olhos
tornando inefável, a orgia da mente.
tornando inefável, a orgia da mente.
ooooééééiiii tá loko! ensina nóis! bj do ET
ResponderExcluirMuito lindo! Parabéns!
ResponderExcluirEste é o olhar que encanta, que desta janela debruça as mais belas palavras, sobre o que se agiganta diante dos olhos de uma poetisa sensivel e inspirada.
ResponderExcluirFicou lindo Celedian este outono de Piracema.
Meu carinhoso abraço.
Celêdian é a sensibilidade personificada, capaz de pairar sobre contrastes, conflitos, confrontos, interfases, indefinições, resiliências, resistências, até que se definam, sob sua ótica poética,"... os nevoeiros diáfanos,
ResponderExcluirque esparsos diluíram-se aos olhos
tornando inefável, a orgia da mente."
O pensamento, muitas vezes, é fugaz, quase igual ao momento, efêmero que é. No olhos fica a sensação de ter e querer, de passar sem perceber, de ter tido sem ter valido.
ResponderExcluirCorpo absorve a dor dos olhos, latente em pranto seco, e arraiga tudo no mais fundo da alma, transformando assim a lágrima seca em pó depositado num corpo dolente.
O renascimento se dá sempre de dentro para fora, num expurgo exigido por cada célula. A catarse faz urgente, primando por dirimir cada minúscula e maligna centelha dos invernos que poluíram os olhos.
O sentimento ruim vai embora? Não, não vai. Ele fica, pois é cravado tal qual tatuagem feita de brase no cerne do peito. Mas é sobreposto por algo diferente, quem sabe bom, quem sabe ruim. Mas os olhos agora estão treinados, não estão? Lágrimas secas até ocorrem vez ou outra, mas aprendemos a chorar na chuva, e assim, sem que os outros sequer reparem que estamos chorando, umedecemos as próprias lágrimas empoeiradas do destino.
Celêdian, desculpa este teu amigo. Impossível resistir. Na próxima vez, tento me conter, te juro (de dedos cruzados... rsrs).
Minha querida amiga, como sempre falo ao André: que faço agora? Aplaudo em pé. Lindo. Fantástico.
Grande beijo, minha querida amiga.
Marcio
Simplesmente belíssima sua poesia!Grande talento e que nos encanta!Um prazer te ler!bjs e meu carinho,
ResponderExcluirhá uma cama
ResponderExcluirum pouso de andorinhas
por entre as matas ciliares
de dentro destes olhos teus.
uma beleza infindável
um encontro interminável
com o que de belo
você sempre faz eternizar.
Aplaudo de pé, SIM!!!!
Beijos minha querida!
Sam
Não há frio nem inefabilidade que resita a esse encontro da paisagem lá fora com o desejo ardente da alma. O resultado é um calor suave extraído desses versos lindos. PS: Pode passar boas temporadas aí de vez em quando pois isso faz a poesia receber presentes lindos e nós ficamos gratos.rsrs.
ResponderExcluirBeijo grande. Paz e bem.
Perdoe-me a demora em vir ler e comentar este tão belo texto seu, minha grande amiga Celêdian, os meus dias andaram meio ariscos em tempo e disposição. Mas... eis-me de volta aqui.
ResponderExcluirUm poema que leva à meditação, à reflexão filosófica através de um olhar poético de uma paisagem exterior. Os temperamentos sazonais estabelecem os primeiros parâmetros.
Como disse, e com muita propriedade, o nosso amigo comum Marcio JR, "o renascimento se dá sempre de dentro para fora. Vem do âmago esse sol que dissipa as brumas do lado de dentro da nossa janela, das idéias, das sensações, e dos sentimentos. Sim, o contraste se faz entre esse renascimento que brota em plena estação de preparação ao recolhimento, que é o inverno.
Contrastes entre o que se sente e o que se vê. E pouco importa a estação reinante, quando o olhar de poeta sobrevoa os sentidos da observação. As aliterações em "di" na última estrofe, são sutílimas, porém di-vinas, minha boa amiga Celê-di-an.
Como disse, um poema belíssimo que nos convida à meditação. Há sempre um texto enriquecedor à minha espera aqui em suas páginas, poetamiga, que privilégio esse meu acesso às tuas letras, realmente....
Um grande abraço, minha amiga, minha admiração de sempre.
André
Olá amiga, minha admiração completa, com tão lindo
ResponderExcluirtrabalho, assim aprendo com voce um pouco mais. Um
abraço recantista,rsrrsr, Sila, sisoyyo-
Belíssima. Fechei os olhos e imaginei a cena. Parabéns, Celêdian!
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