sexta-feira, 18 de maio de 2012

FAMÍLIA – A ÁRVORE DA VIDA

Foto by Celêdian Assis - Jardins da PUC Minas - Contagem - 2011


Um solo virgem, que regado por águas,
da nascente da esperança, torná-se fértil,
para receber sementes, dos frutos do amor.

Plantadas com fé, criando as raízes,
que sorvem do solo, a seiva da vida
e projetam à luz, o caule ainda frágil.

E ele cresce forte, com o ar que respira,
com a luz, os sais e água que absorve,
resistindo aos ventos e às chuvas torrenciais.

Origina os galhos e os lança ao mundo.
Recobrindo-lhes de folhas, tornando espessa a copa
e que às vezes caem, pela força das estações.

E ela oferta as sombras, como suaves carinhos.
Protegendo seus galhos, nutrindo o solo,
alimentando as raízes, da seiva forte que elaborou.

Os galhos prosperam e gestam flores e frutos
e eles engravidam de outras sementes,
que em ciclos perfeitos, renovam a vida.

Solo irrigado de esperança, de raízes profundas do afeto, 
de caule e galhos fortes, como seios que sustentam,
de folhas que protegem, de frutos sãos, maduros e fartos,
que crescem em segurança e fecundam as sementes,
nasce como a árvore mais frondosa, a família, 
que  perpetua-se, como a árvore da vida. 

Este poema foi escrito para a roda de interação proposta por Norma Emiliano, do blog: http://pensandoemfamilia.com.br/blog/  
como forma de demonstrar o apreço à instituição Família, por ocasião da comemoração do DIA DA FAMÍLIA, que se celebra em 15 de maio. 

14 comentários:

  1. Certa noite, sonhei com uma floresta de espinhos, difícil de cruzar. Por mais que andasse, me envolvi de vez naquele emaranhado. No meio, no entanto, haviam galhos lisos e limpos dos espinhos, e por lá fiquei.

    Engraçado como até nessas "matas" de espinhos, ou famílias onde aparentemente se enxergam rusgas e brigas, ou que presumimos ser um núcleo dificultoso de se entrar, no âmago delas existe um espaço em que tudo se torna menos ruidoso e mais pacífico. Quem sabe, os espinhos seja apenas uma auto-defesa daquilo que venha de fora e queira invadir, não é? Uma família, por mais desunida que seja, sempre terá um núcleo, e por certo, se unirá sempre que necessário.

    Celêdian, minha preciosa amiga. Saí fora do contexto um cadim, pois pensei também naquelas famílias que vivem na discórdia. Elas também são árvores, talvez até um tanto exóticas (ou não), mas são.

    Hoje, nem pude comentar de forma adequada, mas amanhã retorno, para reler essa belíssima composição.

    Grande beijo, minha amiga.

    Marcio

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  2. Olá
    Seu poema e imagem representam muito bem os sentimentos e o desnovelar-se deste contexto base do ser humano e da sociedade.
    Grata pela sua participação, avisarei aos demais participantes sobre sua postagem.
    Vc é muito bem-vinda.
    bjs

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  3. Muito linda a sua participação nessa interação!Nada como uma árvore e seus galhos para representar plenamente bem a familia!Bjs,

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  4. Analogia e poesia perfeita neste seu olhar sobre a familia.Urge buscar que a familia seja um Jacarandá para não se quebrar pelas agressões, que tanto caem sobre esta.Familia é frondosa arvore onde há sombra onde o conforto reforça a proteção e assim a multiplicação.Linda inspiração Celedian,que bem sei é fruto do que se vive.Meus parabens nesta interação maravilhosa que nossa Norma belamente nos fez participar como sempre.
    Carinhoso abraço mineiro de flor para voce minha amiga.
    Bjo.

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  5. Querida
    Seu denso e profundo poema me trouxe algo a que dou relevância: SUAVES CARINHOS...
    A família merece e agradece...
    Bjm de paz

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  6. Tua participação ,nem me espantra.foi linda, intensa poesia, maravilhosa, como sempre o fazes!beijos,tudo de bom e que legal te ver na Roda!! beijos,lindo fds,chica

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  7. Olá Celêdian, estou visitando os participantes da Roda proposta pela Norma, e me encantei com o seu poema, de uma perfeita, tocante e profunda analogia com a família, muito bonito!

    Um abraço!

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  8. Minha tão querida amiga Celêdian,

    teu magnífico poema é visual na força descritiva que tem, é a transubstanciação mesma da sua idéia motora, o desenvolver-se da semente, das raízes às frondes. O imagístico que se depreende de teus versos consolida-se perfeitamente com a ilustração (bela, por sinal) que propuseste ao texto.

    Os tercetos iniciais que, no final, se aglutinam, imprimem um "ritmo visual" (se ouso dizer) que arrebata o leitor, é recurso, não somente dos mais hábeis do métier de literato, como também é marca d'água dessa inteligência poética que transparece em todos os teus textos, minha amiga poetisa com P maiúsculo.

    A relação analógica família-árvore é naturalmente muito feliz, sim, porém aqui, através desse teu magnífico poema, ela assume um caráter ainda mais expressivo: a visualidade progressiva do conteúdo, a progressão imagística do poema.

    Parabéns à mulher de letras e à fotógrafa por um tão belo momento que nos deu a nós, teus fiéis leitores. E à minha tão querida amiga, deixo aqui um forte abraço, junto aos votos de um feliz fim de semana.

    André

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  9. Que os frutos delas nunca desprezem as raízes e não se esqueçam que delas veio toda a seiva. Que belo, Celêdian! Grande abraço.

    PS: Daqui a pouco estarei lá na exposiçãodo Dayrell. você vai? (estou mandando recado por aqui mesmo , pois minha conexão está péssima e tô com medo de não conseguir novamente)

    Beijos. Paz e bem.

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  10. QUE OS FRUTOS NUNCA DESPREZEM A SUA FONTE.llNDA POESIA!
    BJS

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  11. fui um sonho tombado,
    desgalhado e resumido à cupins.
    hoje,
    me germinei no deserto
    as minhas desfolhadas teimosias
    de nunca me desenterrar do meu chão,
    do meu vasto coração.
    minhas raízes são dedos que guardam a terra na palma das mãos,
    que aninha meus pulmões verdejantes
    como escada sem fim
    pra onde meu infinito crescer
    se levanta
    sempre que minha seiva chora,
    qualquer machado em meu centro.
    sou uma força estranha
    de nunca me deixar morrer,
    sem antes
    ter lançado minhas sementes
    de (re)florescer.

    Amo árvores, minha querida. Talvez eu seja como elas: Não falam, mas contam histórias.

    Um beijo em tua alma, querida amiga.
    Sam

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  12. Oi Celêdian,
    tua oportuna analogia da família-natureza/árvore-gestora, expressa com delicadeza poética os ciclos da vida.
    "...nasce como a árvore mais frondosa, a família, que perpetua-se como a árvore da vida."
    Inspirador!Parabéns!
    Bjos,
    Calu

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