Hoje acordei assim:
Taciturna,
Sorumbática,
Macambúzia.
Sensação estranha
de falibilidade,
inércia,
não presumida,
nem consentida.
Listei na memória,
livros e textos que não li,
amigos que não revi,
poesias que não escrevi,
impressões que não troquei,
amores que não senti,
coisas que não conclui,
tanto que não aprendi,
na vida que já vivi.
É como se me perdesse
no labirinto de mim,
de um tempo túnel,
espiralizado e no fundo,
concêntrica(mente),
me encontro estranhamente
só com a presença de mim.
"Tem dias que a gente se sente
ResponderExcluircomo quem já partiu ou morreu..."
Aqui voce traduziu belamente com estes adjetivos inteligentemente inseridos,dando uma sequencia crescente do instante da fuga da euforia,neste tunel.
Linda a foto acidental como uma pintura.
Meu carinhoso abraço Celedian, com minha admiração.
Celêdian,
ResponderExcluirParabéns pelo seu belo poema e pela sua foto, tão apropriada para ele.
Abraços,
Pedro.
Minha muito estimada Celêdian,
ResponderExcluirtodos nós temos dias assim, porém apenas pouquíssimos dentre nós saberiam traduzir tais dias em um texto tão belo como este teu. Se este partiu da foto, é obra de gênio....ops, perdoa-me, de gênia! e se foi o inverso, é uma outra obra de gênia! texto e foto, foto e texto, no fundo, todos os caminhos nos levam a nós mesmos. Mas nem todos se aventuram nesses passos, é verdade....
Um texto magnífico pela profundidade que contém em seu despojamento. Aliás, é a tua marca, amiga, tenho percebido. O frugal da palavra usado para realçar o essencial da idéia, do pensamento, sempre foi a marca dos grandes.
Minha boa amiga Celêdian, perdoa-me a ausência de comentários às tuas tão belas letras, mas, visto que Toninho Bira citou o Chico, eu parodio então o verso do Vítor Martins e lhe digo "os meus dias são assim." Mas voltarei ao nosso convívio literário, sim, um dia.
Minha admiração de sempre, um grande abraço do teu amigo,
André
um caminho milenar
ResponderExcluirsecular no vão dos dedos,
por entre os olhos
nas retinas verdejantes
desse mistério
como um voo de libélula
sendo a brisa saltitante
como elétrons escaldantes
de me contar caminhos
num tunel,
num lume psicodélico
e metafisicamente morno,
por debaixo dos pés.
Sempre fantástica, minha querida.
Saudades :)
"O que será que será que dá dentro da gente que não devia? Que desacata a gente que é revelia?"
ResponderExcluirEi, minha amiga. Desejo-lhe ótima semana e muita paz e bem.
Estou aqui em Itabira e acho que vou ficando, ficando..até não sei quando.
Grande beijo. Paz e bem.
Os colegas que citaram Chico Buarque nos comentários estão corretos. Após ler o seu poema só dá vontade de citar o velho Chico. Afinal, são dois mestres.
ResponderExcluirAmiga Celêdian Assis ... que posso falar diante de tanta amabilidade de sua parte em relação ao meu modesto texto? Dizem que elogio de amigo não vale. Pra mim vale! Diante do meu pouco talento só posso contar mesmo com o encorajamento daqueles que a cada dia me ensinam um pouco mais. Obrigado! Amiga, aguardo por uma conversa nossa. Não se preocupe não é nenhum problema com relação ao livro. Diria que se trata de coisa boa. Um abraço.
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