terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

CUMPLICIDADE

Piracema - 02/11- Da minha janela, maritacas falam de amor


Na harmoniosa coesão dos lábios mudos,
suaves, molhados, com brilho de cetim,
carícias doces, macias como os veludos,
simulam no céu da boca, estrelas, frenesim.

Com seu brilho tão intenso e diferente,
nas cores dos beijos em total deleite,
prazer puro, que deixa inerte a mente,
prolongado, mesmo que não se suspeite.

Dos cheiros, brilhos, sabores e cores,
no cúmplice toque dos sãos desejos,
Corpo e alma sanam todas as dores.

Em gestos simples e tão marcantes,
os beijos selam e pactuam silentes,
os anseios íntimos, tão semelhantes.

Um comentário:

  1. Bom dia, querida Celêdian!

    os teus sonetos têm de elegância o que têm plasticidade, é impossível não se deixar levar pelas tantas imagens que eles comportam. Além de serem muito originais na forma.

    É um deleite para mim vir aqui ler teus textos, minha poetisa, sempre eivados de uma sutileza de sentimentos e de um apuro de vocabulário que muito me encantam.

    O beijo... gesto simples de dois lábios, porém, oh quantos sentidos e intenções trazem em si.... Assim como este teu belo soneto!

    Minha admiração de sempre, querida amiga, um grande abraço, meu carinho.

    André

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