Conta-lhe o tempo (sem sentido),
as suas amarguras, suas cicatrizes.
Ainda que lindo, o sorriso contido,
confia e espera, por dias felizes...
Transita, pela nudez da inocência,
do tempo, por uma nudez madura...
Pela face, estampa dessa existência,
já desenhadas pelo fogo e candura.
Torrentes de lágrimas pelas noites,
roubaram-lhe a alegria, seu encanto,
dessa face de mulher, em açoites...
Essência que perturba, ora fascina,
se recolhe, ao recobrir-se, pelo manto
do amor, sua ânsia intensa. Sua sina...
Celêdian Assis & Oswaldo Genofre
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/celedian
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=67489
Seria sempre esse a ânsia eterna da mulher? O amor?
ResponderExcluirPassamos pelo tempo, mas nunca nos contentamos. Ora queremos estar lá na frente, mais velhos, ora remoemos o passado, querendo voltar a ele. E para a face da mulher, por vezes ele é cruel, pois realça as marcas não do que passou externamente, mas sim daquilo que se sentiu de forma interna (e intensa).
Adoro remexer escrivaninhas e blogs dos amigos. Encontro verdadeiros tesouros, exatamente como este aqui.
Que belo, Celêdian. E parabéns ao Oswaldo também. Uma parceria excelente.
Bjs, minha amiga
Marcio