Vista de minha varanda para as montanhas de Piracema - Minas Gerais
Um grito mudo, rompendo a surdez do vento,
alcança os ouvidos das longínquas montanhas.
O eco surdo rompe a mudez do pensamento,
libertando dores encarceradas nas entranhas.
Atordoada a mente, ouve da alma o lamento,
como cantigas desafinadas, soando estranhas,
no elo perdido entre memórias e esquecimento,
Contemplo o som dos ecos em suas artimanhas.
Do olhar do qual ora me invisto, ora me isento,
para as cores cinzentas do reflexo das sanhas,
contrastam tons esmaecidos de um momento,
que, mais amenos tingem as dores tamanhas.
Busco a paz nas cores e sons e em tal intento,
faço minha cúmplice a quietude das montanhas.
Um grito mudo, rompendo a surdez do vento,
alcança os ouvidos das longínquas montanhas.
O eco surdo rompe a mudez do pensamento,
libertando dores encarceradas nas entranhas.
Atordoada a mente, ouve da alma o lamento,
como cantigas desafinadas, soando estranhas,
no elo perdido entre memórias e esquecimento,
Contemplo o som dos ecos em suas artimanhas.
Do olhar do qual ora me invisto, ora me isento,
para as cores cinzentas do reflexo das sanhas,
contrastam tons esmaecidos de um momento,
que, mais amenos tingem as dores tamanhas.
Busco a paz nas cores e sons e em tal intento,
faço minha cúmplice a quietude das montanhas.
Guria, vim te agradecer o carinho lá na ARENA. Li e fiquei feliz e contente.
ResponderExcluirSabes que fiquei com vontade de estar num lugar verde como esse aí acima?
Hoje estou com um p. conjuntivite e precisaria relaxar os olhos assim...
Tudo lindo, poesia, ,carinho e amizade . Um beijo,obrigado sempre e que tenhas uma Páscoa linda, abençoada e com uns chocolatinhos, pra agradar a criança interiro,rsrs beijos,chica
Quanto bater aquela tristeza ou solidão é só arranjar ai um franguinho caipira com angu , ora pro nobis ou couve (que eu mesmo posso preparar, desde que seja num fogão a lenha). Me chama que eu vou. A gente faz um sarau o ri um bocado dessa vida tola mas boa demais de se viver. rsrs. Abraço grande, minha amiga. paz e bem.
ResponderExcluirNaqueles tenros tempos de juventude, onde a impetuosidade é quase sinônimo de irresponsabilidade, eu e um grupo de amigos escalamos o monte Marumbi, aqui na serra do mar paranaense. A previsão do tempo marcava chuva forte, mas não ligamos, e "quebramos a cara".
ResponderExcluirJá no topo e com chuva forte, alguns que estavam no grupo só faziam reclamar, pois até lugar para se proteger estava difícil. eu, que optei por ficar quieto, achei uma grande pedra e fiquei embaixo dela, olhando para as nuvens grossas que colavam nos cumes dos morros. E, do nada, a chuva cessou e o céu abriu.
O que ví, é inenarrável, tal a beleza que desabrochou diante de meus olhos. Senti uma paz tão grande, uma quietude tão forte, que jamais imaginei existir. Só estando lá e vendo, para poder sentir um mínimo do que senti.
Achei que nunca mais iria ter uma sensação daquelas pelo restante da minha vida, mas me enganei. Lendo teus versos e vendo a foto de tua varanda, me veio um sopro daquele vento, e junto, um "cadinho" daquela paz interior.
Hoje sei que a alma grita porque precisa de paz, mas esse grito não tem que ser ouvido, mas sim, sentido. Mostraste isto também em teus versos.
O que dizer, Celêdian? Me carregaste ao passado com teus versos. Te sou grato por isso. Fantástico.
Minha querida amiga, que tua Páscoa seja de paz, amor e felicidades. Um abraço afetuoso e carregado de sentimentos bons para ti e toda a família.
Marcio
Minha querida Celêdian, seus versos em forma de soneto são de uma profundidade admirável. A construção poética do ir e voltar associada ao grito e a seu eco, e ao investir, ou se isentar (abster-se, omitir-se) é digna da grande poetisa que tu és, minha grande amiga.
ResponderExcluirVersos saídos de um coração que se tinge de cores pastel, obedecendo ao torpor de uma mente que se perde em decifrar signos de algo que ultrapassa seja sua compreensão, seja o seu sentimento. E a primeira pessoa busca a paz naquilo que é quase perpétuo e que se encontra no fim do horizonte. Um poema que nos conduz, invariavelmente, à reflexão mais íntima em nós, justamente a mais profícua.
Parabéns também pela bela foto, e que ilustra perfeitamente bem o âmago do pathos entre autora, poema e paisagem.
Um grande abraço, minha querida Celêdian, e que esses dias de trégua urbana sejam os mais proveitosos a esta sua admirável inspiração literária.
Um grande abraço do
André
A sua obra é a própria paisagem destas montanhas. Saudades de vc.
ResponderExcluirBoa tarde Celêdian!
ResponderExcluirAndo um pouco ausente esta última semana das páginas dos prezados amigos.
Mas entro aqui com carinho para desejar-te uma maravilhosa e em especial feliz páscoa!
Ter a quietude das montanhas como cúmplice é libertador! Acredito que o grito mudo aqui foi ouvido não só por o vento, mas por todos os seus leitores!
Bela (mente)!
Tenha um lindo domingo!
Deixo-te aqui meu carinho de sempre!
Lembranças...
Ange.
Depois deste comentario de Zé, o mineirinho aqui ficou babando... Que bela imagem amiga que faz inspirar e sentir uma saudade que se assanha.Mas o frescor que vem desta montanha é o refrigério para esta inquietude.Lindissimo amiga.Meu ternom abraço mineiro de paz.Bju de luz nos seus dias.
ResponderExcluirMoça, venho te agradecer o comentário lindo que me deixastes.
ResponderExcluirFoi uma honra te ter por lá.
Chego aqui, deparo-me com essa imagem tão bonita da tua varanda.Parece um quadro essa paisagem e teu poema na sintonia de tudo, contando dessa poesia que emana em ti.
Lindo tudo isso, lindo tudo aqui.
Beijinho linda Celêdian.
Fernanda
Celêdian,querida! O que eu não daria pra estar, nesse momento, sozinha, nesta janela apenas em companhia dessa paisagem belissima!!! Bom fds.bjs
ResponderExcluirme germino por entre o vale das montanhas
ResponderExcluirnesse ventre
onde a terra me protege
como fosse sêmen
derramado feito a vida
sou semente e força
intrínseca que me rege
verto a fonte
água de cheiro e flor da manhã
sobre os cantos onde
os canários
me sussuram
sou o vento
atrelado aos outonais
das tardes que refrescam
meus verões tropicais.
só me rendo quando me disperso nessa mata
que me mata a sede
e as paredes são as matas ciliares
pousando o sol omisso
por onde sinto
meu alumbramento
equilibrando-se na minha íris
de lua cheia.
Que lindo Celêdian, a imagem, os versos o casamento, a sintonia que fez sentir aqui, nesses meus cílios de paisagem, essa beleza sem tamanho.
Meu carinho,
Samara Bassi.
Querida, me adiscurpê o demoramento pra vir aqui... O curpado é o Marcio com aquela entrevista ... rss
ResponderExcluirMas cheguei é o que importa!
Ó... Quando vejo um lugar assim desse que tu tá olhando da varanda, fico com vontade de cantar assim:- "O verde de minha roça intá da gosto vê! É pura imensidão... " e por aí vai... hehehe
Obrigado sempre pelo carinho
Deussssssssssssssssskiajude
Tatto
Gostei do paraíso lá fora e da tua observação diante dele.
ResponderExcluirÉ muito lindo apreciar assim essa dádiva.
Amo a natureza e gosto muito de refletir nela.
Sabe? Deus cada dia que passa ganha minha admiração e carinho, não sei medir o tamanho desse amor, mas sei agradecer pouco o muito que me sustenta.
Amiga, passei para matar a saudade.
Beijinho
Fernanda
a vida tem 4 sentidos amar sofrer lutar e vencer
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