Pintura Espelho falso "as cores não exatamente as do céu, estão em nossos olhos" - Magritte
Dois lados, o lado de lá, o lado de cá.
Entremeio uma superfície fria a separar.
A luz numa reflexão natural e regular,
projeta-se na pele nua que lá está.
No princípio parecia imagem especular,
das raias da imaginação em pura magia.
Côncavo e convexo abraçados em poesia,
numa imagem real, raios a se encontrar.
Prolongaram-se os raios e refletidos,
convergiram para uma doce paixão,
tal espelho plano, a deliciosa revelação,
pelas virtuais imagens, enlouquecidos.
Por vezes turvaram-se os olhos distantes,
num lusco fusco, de tal emoção tomados
e sem cadência, como versos desritmados,
declamados ais, em suspiros extasiantes.
Espelho duplo, como se espreitassem
de lá e de cá, como se vidro fosse,
translúcido e como se poros tivesse,
por onde seus perfumes exalassem
E foram tantos cheiros, até as cores,
na projeção de tantos beijos loucos,
dos lábios rubros, sussurros roucos,
espelhados nos mais reais sabores.
Entremeio uma superfície fria a separar.
A luz numa reflexão natural e regular,
projeta-se na pele nua que lá está.
No princípio parecia imagem especular,
das raias da imaginação em pura magia.
Côncavo e convexo abraçados em poesia,
numa imagem real, raios a se encontrar.
Prolongaram-se os raios e refletidos,
convergiram para uma doce paixão,
tal espelho plano, a deliciosa revelação,
pelas virtuais imagens, enlouquecidos.
Por vezes turvaram-se os olhos distantes,
num lusco fusco, de tal emoção tomados
e sem cadência, como versos desritmados,
declamados ais, em suspiros extasiantes.
Espelho duplo, como se espreitassem
de lá e de cá, como se vidro fosse,
translúcido e como se poros tivesse,
por onde seus perfumes exalassem
E foram tantos cheiros, até as cores,
na projeção de tantos beijos loucos,
dos lábios rubros, sussurros roucos,
espelhados nos mais reais sabores.
Minha querida Celêdian,
ResponderExcluirteceste aqui um magnífico quadro entre dois lados de uma mesma realidade através de um meio especular, vítreo, ótico. Teus versos descrevem, com precisão quase cirúrgica, e em ligugaem técnica entremeada de poesia, um encontro através de um espelho onde as imagens (reais.... virtuais?) são criadas em lirismo e sentimento. O verso Côncavo e convexo abraçados em poesia é precioso, de antologia. Um poema magistral, querida Celêdian, como o são todos do teu magnífico estro.
Minha nobre poetisa, é um verdadeiro deleite para mim vir aqui haurir de tuas tão belas construções poéticas. Minha admiração maior, um belo dia para ti, meu grande abraço com carinho,
André
O desejar já está colocando a virtualidade num patamar perceptivel quase palpável. Que lindo, minha amiga! Meu abraço. Paz e bem.
ResponderExcluirParabéns Celêdian, por seus escritos invejavelmente bem escritos e cheios de sutileza!
ResponderExcluirAdoro estas suas pitorescas fotos. Eu também adoro fotografias e fotografar flores e tal. Estou montando uma galeria de foto a qual espero poder postar em breve. Entrarei aqui para lhe convidar a dar uma olhada quando estiver no ar...
Uma linda noite!
Abraços.
Ange.
Belíssimo e profundo texto. Parabéns, com meu abraço...
ResponderExcluirvim lhe visitar , deixar meu abraço ... e ja sigo vc minha amiga ...prazr imenso reencontra-la abçs
ResponderExcluirQue beleza entrar aqi no blog dessa poetisa de mão cheia! EStou contente e plenamente satisfeito com esse texto maravilhoso, que é apenas um dentre os milhares já escirtos e que virão por aí...meu abraço e felicidade...ansilgus...
ResponderExcluirQue beleza de poesia Celedian.A imagem que falar,mas pende ao calar.O versos finais são fantasticos.
ResponderExcluirAbraço admiravel Celedian.
Amada, ler-te é remédio pra nossa alma... Seus versos traz em sua essência a verdadeira poesia... É muito estar aqui com você!
ResponderExcluirCarinhos meus pra ti, viu?
Bjsss
Lindo teu espaço, poetisa. Voltarei outras e outras vezes. Beijos de Luz!
ResponderExcluirAndrea Cristina Lopes