É tênue a ponte entre os caminhos da lógica mente
e os percursos da emoção, desvendando devaneios,
decifrando os desejos íntimos e a ilusão meramente
livre dos liames da realidade, entre os outros meios,
com capacidade de surpreender, momentaneamente.
E há por detrás das coisas e do tempo, uma vida latente,
acarretando à vontade, movimentos próprios dos anseios
dissociados da razão, em discretas sugestões e fremente
há mais que a sensualidade poderosa, abstrata, meneios,
provocando humores, sentimentos do veio e da vertente.
Ora revoltos, ora numa cadência calma e benevolente,
todos sentidos contemplados, numa evocação visceral,
seduzida pela emoção, degenera a razão, inconsciente
suprime da carne, a mente, sucumbindo ao aceno vital,
da alma que clama por seguir a trilha, incontidamente,
da emoção, travessia natural para tornar o sonho real.
A travessia, não obstante ser natural, é portadora de um dilema por vezes atroz, por outras estimulante. Que coisa linda, minha querida Celêdian! Meu abraço grande. Paz e bem.
ResponderExcluirÉ sempre delicado e complexo tentar compreender os meandros da emoção humana, a miríade de formas e interrelações que se estabelecem entre vontades, instintos e razão. Não existe fórmula mágica que possa dissociar esses domínios de forma autônoma, as interações se fazem de forma complexa, quase randômica (para nós) às vêzes.
ResponderExcluirTexto denso, lógico, e que nos convida às releituras. Parabéns, minha amiga Celêdian, e obrigado por nos propor um tão belo (e complexo) tema de reflexão.
Um abraço,
André
Bom te ver de volta ao convívio... Teu texto nos convida a visitar o complexo emaranhado daqueles que - estando vivos - buscam ruminar e entender o entorno. Estarei ausente até fevereiro, pois minha filha completa 15 anos e de presente dei-lhe uma viagem ao velho continente. Até mais ...
ResponderExcluirPor vezes, me pergunto se temos escolha entre a razão e a emoção. E se temos essa escolha, para qual lado pendemos?
ResponderExcluirTão mais simples viver pela lógica e razão, porém, seria uma vida sem temperos, não é? Então, que se entregue a decisão ao momento, e façamos dele um aliado.
Mas, ao fim de tudo, quase sempre optamos pela emoção, afinal, de que valeria viver sem motivos para se surpreender?
Que belo, Ceêdian. Abraços.
Marcio