Como espectro se desenham
Sombras frias entranhadas
Da meia luz que ilumina
Metade de um lado obscuro
E na outra clara metade
Brilho que às vezes ofusca
Ou ilumina o melhor de mim
Imagens projetam idéias
Pensamentos refratam ações
Espelham íntimas ânsias
Em devaneios e reflexões
São ondas que perpassam
Confusos feixes de raios
Distorcem imagens
Na parte opaca de mim
Na outra iluminada metade
A luz se propaga em ondas
Para abissais labirintos
Via das minhas entranhas
Abstrato, ninho subjetivo
Abjuro o abjeto abismo
Redundante instropecto
Deste agônico solilóquio
Resgato-me na superfície
Na ruptura da interna rusga
Desenham outros espectros
Do concreto que me acerca
No objeto inacessível
Do circunlóquio que fiz.
Uau! gostei muito desse poema. Parece-me que todos nós temos uma parte meio que obscur, opaca; e outra clara e radiante. Creio que devemos alimentar mais a luminosidade em nosso ser.
ResponderExcluirAbraço
Willes
Você escreve com sinceridade e profundidade, Celedian. Bom te ler... Obrigada.
ResponderExcluirBeijos!
Celêdian, sempre intensa com a poesia delicada de quem escreve com a maestria dos sensíveis, na verdade, é isso que diferencia os excelentes poetas... Parabéns, mesmo!!! Cristina Jordano
ResponderExcluir