Sutilezas da alma e mente
Em versos e prosa, sutilmente ressurgindo...
domingo, 11 de janeiro de 2015
SER POETA (Por Celêdian Assis)
http://www.opoetadodeserto.recantodasletras.com.br/audio.php?cod=54841
SER POETA
Protagonista do mundo, espectador da vida,
um deserto abstrato de um mundo concreto,
de onde lágrimas vertem pela própria sina,
do poço dos olhos da alma, casa e guarida,
de suas dores, lamentos, chagas e feridas
cicatrizadas, na pele de suas puras certezas,
que vestem seus versos de rumos incertos,
e traja de amor e poesia, as mazelas vividas.
Espectador do mundo e da vida protagonista,
eis que se transforma um raro ser, em poeta,
pois é da sua luz e sabedoria que se investe,
que se estimula e que lhe ordena, vá, persista!
Sim, vá, persevere, creia, crie e sempre insista,
Na beleza da paz, na paz da mais pura poesia,
E serás alento, serás caminho, serás a magia,
No mundo concreto de perfeita harmonia.
(Por Celêdian Assis - 29/03/13)
Nota: este poema foi dedicado ao meu amigo Poeta do Deserto, por ocasião de seu aniversário e que ele me retribuiu como um delicioso presente, interpretando-o junto a minha amiga Iza, num belíssimo dueto de vozes. Obrigada meus queridos. Amo vocês.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
FELIZ NATAL COM CHEIRO DE MAÇÃS
quarta-feira, 19 de março de 2014
RELEASE DA OBRA NEUSINHA BRIZOLA SEM MINTCHURA
sexta-feira, 12 de julho de 2013
NINHO
Ouvia no oco vazio do silêncio, ecos das lembranças,
dos amores que ludibriaram sonhos e a vontade de amar.
Eram ruídos murmurantes, como escoar de águas mansas,
perseverantes e como se demarcassem no tempo, o lugar.
Não se adivinhava do seu movimento simulando danças
e nem se cogitava, contudo, dos desvios por onde rumar,
retrocedendo à margem e reavendo mortas esperanças,
onde a emoção do presente era caminho novo a trilhar.
Vislumbrava agora em um ninho, o fim de desesperanças,
num peito macio, tal alcatifa, por onde mãos a passear,
repousavam ternamente, em cúmplices desejos, alianças.
Como toques suaves na alma, mágicos gestos a acariciar,
desenhavam-se afetos, os esquecidos, em sutis mudanças
que descompromissadamente, restituíam o gosto de amar.
Republicado - original fev.2011
sábado, 13 de abril de 2013
PREFÁCIO DA COLETÂNEA GANDAVOS - CONTANDO OUTRAS HISTÓRIAS
quinta-feira, 28 de março de 2013
RUÍNAS E RASTROS
quinta-feira, 7 de março de 2013
DESENCONTRO
sexta-feira, 1 de março de 2013
TRIBUTO A OLAVO BILAC
(Por Celêdian Assis)
De tanto amar, viu e ouviu estrelas
e nas asas da poesia pôs-se a voar.
Nenhum esforço para entendê-las,
posto que, era de amor aquele olhar.
De posse da pena, na ourivesaria,
tornou palavras, gemas preciosas,
pôs-se a lapidar, criando em poesia,
as jóias raras, as mais graciosas.
Do amor, perdido ou encontrado,
o poeta criou o estilo com primazia,
voou, sonhou e realizou abnegado,
recriou esperança, em doce magia.
A um poeta, por uma poeta, inspirado,
No livro que a lia, as lágrimas rolavam.
Pôs-se a vê-la, plácida, lendo ao seu lado,
página de saudade, do quanto se amavam.
Talvez sonhasse o poeta, ao vê-la,
a musa, tal anjo com a harpa dourada,
na escadaria de ouro rumo às estrelas,
perdido de paixão, por ela inspirada.
Talvez sonhasse Bilac, um dia voar,
às estrelas, e, ouví-las falar de amor,
talhá-lo em ouro, com rubis a engastar
e na oficina da poesia eternizar seu labor.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
ESTRELA E FLOR SEREI ENQUANTO...
Enquanto persistir fogo em alta chama
Enquanto este clamor me esquenta
Serei só coração que por ti clama
Serei a flor que guarda o próprio perfume
Enquanto não o aspiras e não o sentes
Enquanto não tatear cada pétala, incólume
Serei eterna e ao apelo de outra mão, ausente
Serei estrela solitária vagando no firmamento
Enquanto não podes o meu brilho ver a luzir
Enquanto me buscas e busca teu alento
Serei luz intensa guardada para em ti refletir
Serei jardim orvalhado até que me aqueças
Enquanto flor que quieta espera os suaves toques
Enquanto estrela que pouco brilha, até que só a ti apeteça
Serei constelação desconhecida, até que me invoques
Serei flor e jardim, serei estrela e constelação
Serei o que quiseres, serei poesia, teu canto
Enquanto bater louco no peito, o meu coração
Enquanto cultivar e cuidar do meu encanto
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
BARULHOS DO SILÊNCIO
SONETO DA ESSENCIALIDADE
sábado, 20 de outubro de 2012
Apresentação da coletânea GANDAVOS - OS CONTADORES DE HISTÓRIAS
sábado, 25 de agosto de 2012
APRESENTAÇÃO DO LIVRO "DEDOS DE PROSA - DE CONTO EM CONTO" (Por Celêdian Assis)
quinta-feira, 21 de junho de 2012
TRIBUTO A MACHADO DE ASSIS
— Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
que arde no eterno azul, como uma eterna vela !
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme :
— Pudesse eu copiar o transparente lume,
que, da grega coluna à gótica janela,
contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela !
Mas a lua, fitando o sol, com azedume :
— Mísera ! tivesse eu aquela enorme, aquela
claridade imortal, que toda a luz resume !
Mas o sol, inclinando a rútila capela :
— Pesa-me esta brilhante auréola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Porque não nasci eu um simples vaga-lume?
REVERSO
(Por Celêdian Assis)
terça-feira, 12 de junho de 2012
A SAGA DE UM PEDRO - AMOR E LUTA TRAÇANDO DESTINOS
quarta-feira, 23 de maio de 2012
OLHARES CONTRASTANTES
tornando inefável, a orgia da mente.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
POEMINHA PARA UM ESPLÊNDIDO CREPÚSCULO
sexta-feira, 18 de maio de 2012
FAMÍLIA – A ÁRVORE DA VIDA
domingo, 29 de abril de 2012
TRIBUTO AO AMIGO JOSÉ CLÁUDIO - CACÁ
Do tupi, Ita, pedra e bira, que brilha,
A Itabira gerou Drumond e a alegria,
Moldou José Cláudio, em igual trilha.
De José Felipe e de Dona Maria Delfina,
O filho herdou o José, também o Adão,
Da prole, oito irmãos, a família genuína,
Amor e filhas, forças de sua emoção.
Em todas as suas andanças, peregrinação,
Viveu em Mariana, nossas Minas tão Gerais,
Sonhou sonhos que eram só seus, a ilusão,
De resgastar a aura romantica dos festivais.
Em suas buscas, no Horizonte Belo aportou,
Na sua rica história, muitas mazelas e alegria,
Desacertos, tombos e muitas vitórias somou,
Das pedras no caminho, degraus para alforria.
Homem de ferro, espírito forte e de vontade,
Doce homem da poesia, o amigo tão sensato,
Doa-nos a beleza d’alma, com a simplicidade,
Retrata o dia a dia, na prosa o talento nato.
Espiritualidade, coerência e a consciência,
Esteios do seu ético e fiel comportamento,
Merece de todos o respeito, pela decência,
Todo sucesso na vida é seu merecimento.
*Todo o meu carinho e amizade a você, Zé.
Celêdian Assis
domingo, 4 de dezembro de 2011
VOOS E VOZES
Sopra uma aragem
e em pousos acidentais
balouçam segredos,
pensamentos triviais
suscitam desejos,
de voo longínquo
e outros bafejos,
de ser ubíquo,
em sonhos alados,
voar e pousar,
rompendo o vento
e significados
da voz das coisas.
Celêdian Assis - 21/11/11
domingo, 20 de novembro de 2011
TÚNEL
Hoje acordei assim:
Taciturna,
Sorumbática,
Macambúzia.
Sensação estranha
de falibilidade,
inércia,
não presumida,
nem consentida.
Listei na memória,
livros e textos que não li,
amigos que não revi,
poesias que não escrevi,
impressões que não troquei,
amores que não senti,
coisas que não conclui,
tanto que não aprendi,
na vida que já vivi.
É como se me perdesse
no labirinto de mim,
de um tempo túnel,
espiralizado e no fundo,
concêntrica(mente),
me encontro estranhamente
só com a presença de mim.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
TATUAGEM
Ali no velho tronco,
uma pele surrada
de sol, luz e calor,
de chuva, seiva
de vento, idas e vindas
do tempo, sobrevivente,
imitando casca de gente
que o tempo tatuou
e resistente, guarda
no tronco erguido
marcas de um seio
que alimenta a vida.
Celêdian Assis - 13/10/11
sábado, 5 de novembro de 2011
POSSIBILIDADES (poema 5)
TEMP(O)RALIDADE e ABSTRAÇÕES
Série de poemetos meus inspirados na obra de Jones A. dos Santos, psicólogo, psicoterapeuta e segundo palavras dele, experimentador das artes ( escultura, pintura, escrita e fotografia ), Porto Alegre - RS – Brasil. http://ensaiosjones.blogspot.com/ e http://jonespoa.blogspot.com
POSSIBILIDADES
Já descorada, debruçou exausta,
ignorou o verde à sua volta,
sabe que será húmus,
depois de fartar-se da seiva,
que outrora encontrou bruta,
planeja juntar-se às outras,
para elaborar outras vidas.
Os homens?
Não podem adubar o chão,
quando finda a vida,
apenas podem deixar sementes,
se férteis ou não,
depende se suas sábias escolhas.
Celêdian Assis
03/10/11
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
NATURAL(IDADE) (poema 4)
Do álbum de fotos de Jones Poa- RS
TEMP(O)RALIDADE e ABSTRAÇÕES
Série de poemetos meus inspirados na obra de Jones A. dos Santos, psicólogo, psicoterapeuta e segundo palavras dele, experimentador das artes ( escultura, pintura, escrita e fotografia ), Porto Alegre - RS – Brasil. http://ensaiosjones.blogspot.com/ e http://jonespoa.blogspot.com
NATURAL(IDADE)
Tempo, intempéries
metamorfose
contraste de vida verde
e rugas enegrecidas
pintas, nevos, sardas
superficialmente marcada
ainda guarda, um tom dourado
tal como peles surradas de gente
os brilhos únicos da senescência
Por Celêdian Assis - 03/10/11